Motta afirma aos vereadores: “Projeto que altera horário do comércio trata-se de um desrespeito à categoria.”

Nesta terça-feira, 07/03, o Presidente da Federação dos Comerciários do Estado de São Paulo, Luiz Carlos Motta, esteve na Câmara Municipal de Rio Preto, onde falou sobre a posição da Fecomerciários perante ao projeto de lei 9/18 que flexibiliza o horário do comércio.

Para o Presidente, agora, é momento de união para não deixar a Lei ser aprovada. “Nós já sofremos com a reforma, e agora, essa lei que fere mais direitos do trabalhador. Faz parte da nossa atividade defender os comerciários e é isso que estamos fazendo. Já temos experiência de outras cidades onde este modelo foi adotado e não deu certo. A lei é prejudicial para a categoria e estou certo de que vamos conseguir convencer os vereadores disso”, confirmou.

O auditório da Câmara de Rio Preto foi tomado pelos trabalhadores que acompanharam a sessão e ouviram atentos às palavras de Luiz Carlos Motta. A uma só voz os comerciários lembraram em coro: “trabalhador também vota”.

Para Márcia Caldas, Presidente do Sincomerciários, o Sindicato já deixou claro todos os argumentos que desqualificam esse Projeto de Lei. “E por isso temos que estar ainda mais unidos para não deixar passar essa lei. Juntos somos mais fortes e vamos dizer um sonoro “NÃO” ao horário livre de funcionamento do comércio de Rio Preto”, reforçou a Presidente do Sincomerciários, Márcia Caldas.

Trabalhador não é ouvido

 Durante a sessão, o Presidente da Federação lembrou ainda que ao propor o Projeto de Lei que que altera horário de funcionamento do comércio (leia mais sobre isso aqui), o vereador Paulo Paulera (PP), não ouviu a parte mais interessada. “O comerciário não foi ouvido mais uma vez. E as pessoas pecam justamente por não escutar o trabalhador”.

Motta reforçou todos os pontos que são motivo de preocupação dos trabalhadores que lutam para que o projeto não seja aprovado. “Falta segurança pública, em especial nos horários noturnos; temos ainda as deficiências do transporte público, que já não atende as necessidades dos trabalhadores, hoje; a falta de creche municipais, insuficientes e sem possibilidade de atender o trabalhador em horários alternativos; e o impacto na educação de inúmeros estudantes que se esforçam para manter o trabalho e os estudos. Não podemos fechar os olhos para tudo isso. Mas sei que temos uma Câmara consciente em Rio Preto e o projeto não vai passar do jeito que está”, afirmou Motta.

Mulheres mostram sua força

O grupo de trabalhadores que estiveram na Câmara, nesta terça (06/03) era formado, em sua maioria, por mulheres. Na semana em que se comemora o Dia Internacional das Mulheres, a presidente Márcia Caldas lembrou que são elas a parcela mais prejudicada pelo Projeto de Lei. “Pelo menos 70% dos trabalhadores do comércio são mulheres. E eu reafirmo meu compromisso com todas elas. Vamos brigar até o fim pelos direitos dessas mães, filhas, avós, esposas… E conto com todas elas para ganharmos mais essa batalha”, conclui a presidente.

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